Durante a visita domiciliar, encontramos a Sra N C O, 72 anos, viúva há 2 anos, mãe de dois filhos, mora sozinha na comunidade
Cidade de Deus, município do Rio de Janeiro.
Possui moradia
própria de dois andares, com 4 cômodos, arejada, limpa, com presença de umidade
na cobertura, e muitos tapetes não aderentes espalhados pela casa, dois animais
domésticos, 1 gato vacinado e 1 tartaruga; o controle de vetores é feito a
partir da criação dos animais domésticos.
Apresenta área
externa com a presença de recipientes com o acúmulo de água parada, além de uma
escada que dá acesso ao piso superior da residência com desníveis nos degraus.
Informou sentir
muitas dores nos joelhos, dificultando sua deambulação por conta de uma rigidez
articular e histórico de queda, e dificuldade de pronunciar encontros
consonantais de algumas palavras, sintomas que apareceram há 2 anos atrás, após um AVC; cefaleia intensa na região frontal, mas que
só ocorrem em períodos de tempos mais frios; ser hipertensa sem controle; dormência nas pernas; urina intensa e muito
escura; fazer uso de enalapril 10 mg uma
vez ao dia, após o café; acetildor 100 mg uma vez ao dia, após o almoço; atenolol
50 mg uma vez ao dia, quando ela julga necessário; sinvastatina 40 mg uma vez ao dia, ‘’sempre que come uma
comida mais pesada’’; Não pratica atividades físicas; Sentir medo constante de
que os traficantes voltem a atuar na comunidade, como antes, que inclusive
chegou a perder a voz ao presenciar constantes tiroteios.
No exame físico,
N C O apresentou prótese dentária com sujidade; cabelo com queda; sobrancelha
ausente; pulmão com som atimpânico; batimentos cardíacos em dois tempos e
bulhas normofonéticas; dor na região cervical sensível ao toque; joelhos com
dificuldade de locomoção; deambulação prejudicada; com estatura de 1,58 m; peso
de 72 kg; temperatura em 36,7°C; 18 irpm; 86 bpm e PA 130X80 mmhg.
